centrais sindicais

Nesta quarta-feira (16), os presidentes das Centrais Sindicais do país se reúnem com ministros e empresários para apresentar um conjunto de propostas diante dos impactos da guerra comercial desencadeada pelas medidas protecionistas dos Estados Unidos. O documento, intitulado "Soberania, Emprego e Desenvolvimento", alerta para os riscos à economia nacional, como a desindustrialização, a desorganização de cadeias produtivas e a ameaça a milhares de empregos.

Os dirigentes sindicais defendem um projeto de desenvolvimento que priorize a inclusão social, a geração de empregos e a redução das vulnerabilidades externas. O texto expressa apoio à postura do governo Lula e propõe ações coordenadas para fortalecer a produção nacional e proteger os trabalhadores.

Principais propostas:

1. Defesa da Produção Nacional
- Fortalecimento de medidas antidumping e salvaguardas comerciais.
- Investimento em inovação e infraestrutura, com foco em tecnologias críticas como inteligência artificial e hidrogênio verde.
- Estímulo às compras públicas com conteúdo local e revisão da Lei de Patentes.

2. Proteção do Emprego e Renda
- Recriação de programas de proteção ao emprego para trabalhadores afetados pela guerra comercial.
- Investimento em qualificação profissional, com foco em setores estratégicos.

3. Diálogo Social e Negociação Coletiva
- Criação de espaços permanentes de concertação entre governo, empresários e trabalhadores.
- Inclusão de representantes sindicais na formulação de políticas industriais e comerciais.

4. Transição Ecológica Justa
- Implementação de um plano nacional de descarbonização com geração de empregos verdes.
- Estímulo à bioeconomia e à economia circular, especialmente na Amazônia Legal.

5. Nova Estratégia Comercial
- Revisão de acordos internacionais que fragilizem a indústria nacional.
- Fortalecimento do Mercosul e da cooperação Sul-Sul.

As Centrais Sindicais destacam que o diálogo social é essencial para construir soluções negociadas e garantir que a classe trabalhadora seja "não apenas sujeito, mas beneficiária do crescimento". O encontro desta quarta-feira marca um passo importante na articulação de respostas à crise, com foco em soberania produtiva e justiça social.

Assinam o documento:
• Sérgio Nobre (CUT)
• Miguel Torres (Força Sindical)
• Ricardo Patah (UGT)
• Adilson Araújo (CTB)
• Moacyr Tesch Auersvald (NCST)
• Antonio Neto (CSB)

O posicionamento ocorre em um momento crítico, com setores industriais pressionados e o governo buscando alternativas para equilibrar relações comerciais sem abrir mão do desenvolvimento interno.

Nós apoiamos

Nossos parceiros