Brasil criou quase 1,5 mi de empregos com carteira, de janeiro a julho, divulga Caged
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Com o resultado mensal, na soma no período de janeiro a julho de 2024, foram criados 1.492.214 postos com carteira assinada. No passado, o saldo foi de 1.172.763, ou seja, inferior ao acumulado em 2024.
No mês de julho, o Brasil criou 188.021 empregos formais, levando em conta o saldo contratações menos demissões, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (28).
O saldo ficou acima da expectativa do mercado, que era de geração de 183.100 postos no mês passado, segundo o Valor Pro.
Em julho, houve 2.187.633 admissões e 1.999.612 demissões. Houve saldos positivos em serviços (79.167 postos), indústria (49.471), comércio (33.003), construção (19.694) e agropecuária (6.688).
Saldos positivos
Nos últimos 12 meses, há saldo acumulado de 1.776.677, número 13% maior do que do período anterior — agosto de 2022 a julho de 2024.
Em junho deste ano, foram gerados 201.705 empregos formais. No primeiro semestre do ano, o Brasil abriu 1,3 milhão de postos, também puxados pelo setor de serviços.
Juros
Ao comentar os dados do Caged, o ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho, voltou a defender a queda de juros. Disse que os dados estão bons, mas não podem ser usados para que o Banco Central aumente os juros.
“Falar em aumento de juros no Brasil é uma irresponsabilidade”, afirmou o ministro, na coletiva em que divulgados os dados do Caged.
Ele ressaltou que a prévia da inflação de agosto, divulga pelo IBGE, ficou em 0,19%, após taxa de 0,30% registrada em julho. Com essa desaceleração, acrescentou, o setor privado deve ser estimulado a investir e contratar mais trabalhadores, e não ter que pagar juros maiores.
“Quero que o Banco Central fale alguma coisa de controlar a inflação pela oferta, e não pela demanda. É preciso estimular que os atores privados façam investimento para aumentar a oferta. Parece que eles aprenderam só uma coisa na escola, isso é uma aberração econômica”, disse Marinho.
Mais admissões que demissões
Ainda de acordo com o ministro, em julho, 26 das 27 UF (unidades da Federação) registraram mais contratações do que desligamentos. A exceção foi o Espírito Santo.
O Rio Grande do Sul, após 2 meses de registros negativos, somando cerca de 30 mil postos a menos, devido às cheias que atingiram fortemente o estado, agora volta a apresentar saldo positivo. No mês passado, houve 6.690 vagas a mais.
Salários
O salário médio real na contratação, em julho, foi de R$ 2.161,37, valor R$ 23,01 superior ao de junho. O mesmo mês do ano passado, o ganho foi de R$ 46,27.