Em nova pesquisa, sinal de alerta para Lula, na aferição da Quaest
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A posição firme e corajosa de Lula contra o genocídio promovido por Israel em Gaza animou apoiadores mais politizados. Mas o Palácio do Planalto deveria olhar atentamente para a mais recente pesquisa de opinião sobre o desempenho do governo, divulgada na manhã desta quarta-feira (6). No portal Outras Palavras
Os dados são fresquíssimos. As 2 mil entrevistas foram feitas entre 25 e 27 de fevereiro. O instituto é o Quaest, um dos mais sérios. O problema são os resultados.
A aprovação do trabalho do presidente caiu a 51% e a desaprovação subiu a 46%.
A diferença — 5 pontos — caiu rapidamente desde a sondagem anterior — em dezembro de 2023.
É a mais baixa desde a posse e, a rigor, empate técnico.
Região
A desaprovação passou a preponderar no Sudeste — onde haverá eleições municipais muito relevantes em outubro — e cresceu no Sul.
No bravo Nordeste, a diferença a favor do governo diminuiu um pouco, mas ainda é folgada: 37 pontos.
Idade
A desaprovação agora prepondera na faixa entre 16 e 34 anos — 50% x 46% — e a diferença pró-Lula caiu rapidamente entre as mulheres — de 14 para 6 pontos de vantagem, em 2 meses.
Faixa de renda
Na estratificação entre faixas de renda, Lula agora está positivo até 2 salários mínimos — 25 pontos de vantagem —, mas passou a ter desvantagem — de 7 pontos — no segmento entre 2 e 5 mínimos.
Economia
Um dos temas da pesquisa é especialmente útil para identificar a queda de satisfação da sociedade: a Economia. Agora, 38% acham que “piorou” nos últimos 12 meses, contra apenas 26% que julgam ter “melhorado”. A diferença É de 14 pontos.
Há percepção esmagadora de que os preços dos alimentos aumentaram — 73% x 13% — e de que o mesmo ocorreu com as contas de consumo, que se referem em geral a serviços privatizados, mas administrados pelo governo — 63% x 7%.
Isso pode ajudar a explicar a queda da avaliação entre as mulheres.
As percepções populares sobre a Economia em geral não transparecem na mídia, que aplaude invariavelmente as políticas de “ajuste fiscal” favoráveis à Faria Lima. A nova sondagem pode ajudar a acordar os iludidos.