O PSB formalizou, na última segunda-feira (5), desembarque do maior bloco partidário da Câmara dos Deputados, do qual fazem parte o PP, do presidente da Casa, Arthur Lira (AL), União Brasil, Federação PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e Patriota.

psb logoLogomarca do PSB (Partido Socialista Brasileiro). Bancada na Câmara tem 14 deputados federais

Assinado pelo líder Gervásio Maia (PSB-PB), o ofício endereçado a Lira foi protocolado na Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara. O PSB é o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A iniciativa, segundo fontes do PSB, teria sido sugerida por integrante do alto escalão do governo, em reação às críticas de Lira ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), com quem o parlamentar do PP rompeu o diálogo.

Oficialmente, o partido nega que o Palácio do Planalto tenha interferido na decisão.

Antes de assumir o posto, Gervásio reclamava, nos bastidores, que o bloco não dava autonomia às legendas e que era necessário o aval do líder do grupo para falas no plenário e apresentação de emendas às propostas analisadas no plenário. O atual líder do bloco é o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ).

Força do bloco de Lira
O bloco liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados — já subtraída a bancada do PSB, com 14 parlamentares —, conta com 162 deputados.

São 59 do União, 50 do PP, 18 da Federação PSDB/Cidadania, 18 do PDT, 7 do Avante, 6 do Solidariedade, 4 do Patriota.

Republicanos
A saída do PSB do bloco e Lira também ocorre dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter convidado o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), para acompanhá-lo em agendas em São Paulo.

A iniciativa foi vista por aliados de Lira como um gesto do petista a Pereira, que é pré-candidato ao comando da Casa e pertence ao segundo maior bloco da Casa — Republicanos, MDB, PSD e Podemos fazem parte desse grupo.

Governistas pontuam que Pereira foi convidado por ter sido determinante para que Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegassem a um acordo sobre a construção do túnel que ligará Santos ao Guarujá, que contará com verbas federais e estaduais. Negam que a movimentação represente um gesto de apoio do presidente à candidatura de Pereira à presidência da Câmara.

Neutralidade
Integrantes da base aliada garantem que Lula permanecerá neutro na disputa pela principal cadeira da Mesa Diretora da Casa.

Apesar disso, interlocutores de Lira avaliam que essas movimentações levantam rumores que podem contaminar ainda mais a relação fragilizada do presidente da Câmara com o Executivo. (Com informações da Agência Câmara)

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