Deputada federal Tabata Amaral (SP) anuncia filiação ao PSB
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A deputada federal Tabata Amaral (SP) anunciou, nesta quinta-feira (16), que se filiou ao PSB, durante entrevista ao programa Conversa com Bial, exibido nesta madrugada de sexta-feira (17).
Deputada Tabata Amaral anuncia filiação ao PSB | Imagem: Reprodução
A entrevista que faz parte da série com personalidades relevantes nas eleições de 2022 também teve a participação do prefeito de Recife, João Campos (PSB), namorado da deputada.
Tabata justificou a decisão e rebateu críticas sobre a associação ao mesmo partido do namorado:
“A minha trajetória na política é independente e da mesma forma a conversa com os partidos foi independente”, afirmou.
“E eu acho tão natural que eu e João estejamos no mesmo lugar porque temos uma visão de Brasil muito compartilhada”, completou.
Conflito com PDT: Reforma da Previdência
Tabata Amaral foi autorizada a sair do PDT sem perder o mandato, depois de longa disputa judicial. Em 2018, quando foi a 6ª deputada mais votada do estado de São Paulo, com 264.450 votos, a parlamentar subiu no palanque de Ciro Gomes (PDT).
No ano seguinte, porém, ela e outros 7 deputados pedetistas tiveram as atividades no partido suspensas por terem votado a favor da Reforma da Previdência, na contramão da orientação da sigla.
Para não ser enquadrada na Lei dos Partidos Políticos, que prevê a perda do mandato do deputado que se desfiliar sem justa causa, Tabata alegou ao TSE que estava sofrendo discriminação política.
O PDT suspendeu as atividades da parlamentar por 90 dias, retirou dela a vice-liderança na Câmara e a proibiu de ocupar assentos em comissões ou votar nas assembleias.
Prevaleceu o PSB
As tratativas com o PSB começaram por meio do prefeito do Recife, João Campos, e avançaram em São Paulo com o ex-governador Márcio França. A deputada recebeu dos dirigentes pessebistas a sinalização de que pode disputar a prefeitura de São Paulo em 2024.
O PSD de Gilberto Kassab também mantinha conversas com Tabata e até o PSDB chegou a sondá-la, mas as negociações não avançaram.
RenovaBR
A deputada e outros eleitos em 2018, não conquistaram as cadeiras em que hoje estão sentados no Congresso, apenas pelos esforços individuais ou dos respectivos partidos pelos quais conquistaram o mandato eletivo.
O RenovaBR, grupo apoiado por Luciano Huck que tem o objetivo de promover renovação na política, elegeu 17 dos 120 candidatos lançados para a eleição de 2018 para assembleias legislativas e Congresso Nacional.
Os partidos Novo (8) e Rede (3) foram os principais na lista de vitoriosos. Também houve eleitos do PDT, PSB, DEM, PPS (Cidadania) e PSL.
Entre eles estão o ex-ministro Marcelo Calero (do PPS/Cidadania), deputado federal pelo Rio), a cientista política Tabata Amaral (PDT) e Joênia Wapixana (Rede-RR), é a primeira indígena eleita para a Câmara desde 1982).
Em São Paulo, o Novo elegeu Daniel José, Heni Ozi Cukier, Ricardo Mellão (estaduais) e Vinicius Poit (federal). Em Sergipe, o delegado Alessandro Vieira foi escolhido senador pela Rede, com a maior votação para o cargo neste ano no estado. Ele agora está no Cidadania.
O RenovaBR foi idealizado pelo empresário Eduardo Mufarej e ganhou a adesão de entusiastas de renovação como Huck, que se tornou o principal garoto-propaganda da iniciativa. O comunicador da TV Globo também fez doações em dinheiro a alguns dos candidatos. Destinou para Calero, por exemplo, R$ 50 mil.
Huck disse à Folha que considerou o resultado positivo. “Boas sementes da verdadeira renovação estão plantadas”, afirmou. (Com informações do portal UOL Política e FSP)