Chacina de Unaí: impunidade perdura; Sinait faz ato virtual quinta (28)
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O Sinait promove, nesta quinta-feira (28), às 14h30, on-line, “Ato público: Chacina de Unaí: Chaga da Impunidade”. Objetivo é cobrar a prisão dos últimos condenados pelo crime. A transmissão vai ser pelo canal Sinait Play, no Youtube. Participam da manifestação, dirigentes do Sinait, familiares das vítimas, auditores-fiscais do Trabalho e lideranças sindicais, entre outras autoridades.
Na ocasião, o Sindicato Nacional dará panorama geral de como está o andamento do caso, que completa 6.210 dias nesta quinta, com os mandantes e intermediários ainda livres. O evento virtual vai ser no mesmo estilo do ato público que é realizado todos os anos pelo Sinait, mas que por conta da pandemia da Covid-19 não pode ser presencial.
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Luta por justiça
Durante estes 6.210 dias, o Ministério Público Federal, o Sinait e a categoria, familiares e colegas das vítimas lutam insistentemente para colocar atrás das grades todos os culpados pelas mortes dos Auditores-Fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e do motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados em 28 de janeiro de 2004, durante inspeção em fazendas da região de Unaí (MG).
Apesar de condenados em 2015, mandantes e intermediários da chacina, ainda estão em liberdade. Em novembro de 2018, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) anulou o julgamento de Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí. Ele foi inocentado pelo irmão Norberto Mânica, que assumiu ser o único mandante do crime. O novo julgamento de Antério ainda não tem data para ocorrer.
Norberto teve sua pena reduzida pelo Tribunal, de 100 para 65 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado e recorre da sentença em liberdade.
Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro, que intermediaram o crime, também tiveram suas penas reduzidas pelo TRF1, em 2018, e recorrem da sentença em liberdade.
Homenagens
A manifestação/protesto integra as atividades do calendário da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, instituída em 2009 pela Conatrae (Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo), em homenagem às vítimas da chacina. Assim como o dia 28 de janeiro, que também passou a ser o “Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho” e “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”, em homenagem aos mortos na chacina.