Beneficiários do auxílio emergencial não concordam com redução do benefício
- Detalhes
- Categoria: Notícias
Pesquisa realizada pelo Portal360 mostra que 71% dos beneficiários do auxílio emergencial discordam da decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro de reduzir o valor da parcela do auxílio emergencial. Os que concordam com a medida são só 23%.
O auxílio emergencial foi criado para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Os pagamentos começaram em abril, com 3 parcelas de R$ 600, depois acrescidas de mais duas no mesmo valor.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, 67,2 milhões de pessoas receberam o dinheiro. O governo já liberou R$ 186,9 bilhões aos beneficiários. Em 25 Estados, há mais brasileiros recebendo auxílios estatais do que com carteira de trabalho assinada.
Com a continuidade da pandemia no país, o presidente Jair Bolsonaro decidiu liberar mais 4 parcelas por meio de medida provisória. O valor, no entanto, caiu pela metade. Ficou em R$ 300. A 6ª parcela deve começar a chegar aos beneficiários ainda neste mês.
O PoderData perguntou: “O auxílio emergencial de R$ 600 que vem sendo pago durante a pandemia deve ser reduzido em breve pois o governo diz não haver dinheiro para manter o benefício. Você concorda ou discorda com a diminuição do valor do auxílio emergencial?”. A pesquisa começou a ser feita na 2ª feira (e foi até 4ª), antes do anúncio oficial do governo. Agora, sabe-se que serão mais 4 parcelas de R$ 300.
Discordam da redução do valor do auxílio emergencial 57% dos entrevistados (tanto beneficiários quanto não beneficiários do programa) –14 pontos percentuais abaixo da taxa verificada apenas entre aqueles que recebem a ajuda do governo.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 31 de agosto a 2 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 509 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
O levantamento mostra que entre desempregados e sem renda fixa, 67% discordam da redução do valor das próximas 4 parcelas do auxílio emergencial.
Quem mais discorda da redução:
- mulheres (66%);
- o grupo de 25 a 44 anos (62%);
- moradores da região Norte (62%);
- quem tem só o ensino fundamental (62%);
- os sem renda fixa (67%).
Quem mais concorda com a redução:
- homens (46%);
- quem tem 60 anos ou mais (44%);
- moradores da região Sul (56%);
- quem tem ensino médio e superior (39% cada);
- os que recebem mais de 10 salários mínimos (56%).