Bancários: após luta do movimento sindical, RV não sofrerá desconto
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Após forte pressão do movimento sindical bancário e ações vitoriosas na Justiça, o banco Santander desistiu de descontar 1% da remuneração variável dos bancários da instituição que não manifestarem contrariedade em relação à doação ao Programa Sonhos que Transformam.
O banco criou a campanha para que seus funcionários fizessem doações para instituições beneficentes escolhidas pela instituição. As doações são de 1% da remuneração variável, incluindo a PLR (participação nos lucros e resultados) que vai ser creditada em fevereiro de 2020.
A Remuneração Variável também chamada de bonificação é um tipo de remuneração condicionado aos resultados por um determinado período de tempo. Essa bonificação é composta, principalmente, de 5 tipos:
1) comissão, tipo bem conhecido, praticado especialmente em equipes que atuam com vendas;
2) PLR (participação nos lucros e resultados);
3) bônus;
4) remuneração por competências; e
5) prêmio por produtividade.
Ação sindical é nacional
O diretor do Sindicato dos Bancários do Piauí, Cesário Alves, explica que o Seebf-PI fez todo o trâmite legal, com edital e assembleia convocando os funcionários e funcionárias, que aprovaram que o sindicato também entraria com ação judicial contra Santander para que não fizesse o débito na conta dos funcionários, de 1% da Variável.
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Alguns sindicatos já estavam com ações judiciais prontas e outros já tinham ingressado na Justiça, com isso o banco suspendeu o débito.
“O banco fez essa determinação do desconto de forma unilateral, sem discutir com as entidades dos trabalhadores. Por lei, não se pode debitar uma conta sem autorização por expresso. Entendemos que isso não é uma doação, é uma coação. Doação é algo espontâneo, mas o banco fez o contrário, o funcionário tinha que entrar no sistema e dizer que não queria doar. Os funcionários se sentiam coagidos a [não] fazer isso. Com a suspensão nós desistimos de entrar com a ação judicial. Essa foi uma importante vitória do movimento sindical”, afirmou o diretor do Seebf-PI, Cesário Alves. (Com Seebf-PI e Contraf-CUT)