Presidente da Câmara rompe com líder do governo, deputado Major Vitor Hugo
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A vida do governo na Câmara não estava fácil e agora ficou pior. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) rompeu publicamente, na terça-feira (21), com o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). Isto, porque o líder divulgou charge de uma pessoa chegando ao Congresso com um saco de dinheiro na cabeça com a inscrição 'diálogo'. Vitor Hugo disse que não teve intenção de atacar Parlamento.
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo | Fotos: Jorge William | Agência O Globo | Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil
Na prática, o governo está sem líder na Câmara, pois Vitor Hugo perdeu, se se mantiver essa situação, as condições de mediar os interesses do governo na Casa, com Maia. Desse modo, o Planalto terá, desde já, que procurar novo deputado para cumprir a função.
Como o governo optou por inovar na relação com o Congresso, o Planalto terá muitas dificuldades para encontrar novo nome para substituir Vitor Hugo. Sem base de apoio organizada e formal, este é só mais um problema que o presidente da República terá de enfrentar nessa truncada cena política.
"Com ele não dá, ele botou isso aí no post do PSL. Então, um líder do governo que posta uma charge dessa, do diálogo ser um saquinho de dinheiro na cabeça, não merece o meu respeito. Eu só expliquei aos deputados porque ele me agrediu antes", disse Maia após a reunião de líderes desta terça.
O pior negócio para o governo é essa situação de conflito com o presidente da Câmara dos Deputados, que é o fiel condutor da reforma da Previdência. Maia tem conferido racionalidade ao processo legislativo, em meio às confusões palacianas e seus choques com o Poder Legislativo.
Nesta quarta-feira (22), o líder do governo voltou a comentar o caso. “Havia tentado de todas as formas aproximação desde o início do mandato, sem sucesso. Reforcei crítica às reuniões na residência oficial, que não é a casa dele, mas um imóvel funcional da União. Quero ter relação funcional e não pessoal com ele”, disparou.
Por fim, o deputado do PSL afirmou que nunca atacou o Parlamento e espera que o Congresso possa dar encaminhamento às propostas de que o país precisa “independentemente de personalismos”. “Há muito a ser feito”, finalizou.