Os ataques aos ônibus que integram a caravana do ex-presidente Lula pelo Sul do Brasil se intensificaram na noite desta terça-feira (27), quando tiros atingiram um dos veículos no trajeto entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná.

onibus caravana lula sul

Além dos disparos, pedras e ovos foram atirados. Pregos foram jogados na estrada para furar os pneus dos ônibus. "A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus", afirmou Lula pelo Twitter.

O PT divulgou nas redes sociais fotos de 3 marcas de tiros na lataria de um dos veículos - o ex-presidente não estava naquele ônibus. Segundo as primeiras informações, ninguém ficou ferido.

A caravana tem sido alvo constante de ataques. Nos últimos dias, grupos de extrema-direita se organizaram para lançar pedras e ovos contra os ônibus e, em alguns casos, contra os militantes que pretendiam participar dos comícios de Lula.

Após a notícia dos tiros se espalhar, líderes de outros partidos de esquerda manifestaram solidariedade. "Os fascistas ultrapassaram qualquer limite. Toda solidariedade a Lula contra as agressões. É momento de unidade democrática e de resistência ativa. Com fascismo não se brinca", afirmou Guilherme Boulos, pré-candidato do PSol à Presidência da República.

Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB ao Planalto, seguiu a mesma linha. "O fascismo quer calar quem pensa diferente, quer matar quem pensa diferente. Não é petismo, não é lulismo. Hoje é um tiro contra a caravana de Lula, o líder das pesquisas de opinião no Brasil, amanhã em quem?"

A polícia do Paraná enviou peritos para avaliar as marcas de tiros no ônibus.

Notas das centrais
Força Sindical, UGT e CSB divulgaram nota pública em que chamam de “ato de covardia” a ação da extrema-direita. Leia íntegra nota abaixo:

NOTA DAS CENTRAIS

Classificamos como lamentável o ato de covardia praticado contra um dos ônibus que transportava parte da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado do Paraná. Um verdadeiro ataque à democracia!

Não podemos permitir, em hipótese alguma, que diferenças políticas e/ou ideológicas sejam colocadas, de forma insana, no lugar onde deveria prevalecer o bom-senso e o direito democrático de expor, em bom tom, opiniões ou conceitos distintos.

Esperamos que fatos semelhantes não mais ocorram em qualquer situação, e deixamos aqui nossos protestos democráticos por um Brasil mais justo, digno e com segurança para todos.

Paulo Pereira da Silva - Paulinho da Força
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores

Antonio Neto
Presidente da CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros

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