Anfip: 74 anos de protagonismo na vida nacional
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No último dia, 22 de abril de 2024, a Anfip (Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil) completou 74 anos de protagonismo na vida nacional, alicerçada em valores e princípios que a sustentam desde os primórdios de sua existência.
Álvaro Sólon de França*
Esses valores, ao longo do tempo, nortearam a atuação da Anfip no Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em seminários nacionais e internacionais, enfim no cotidiano de lutas durante décadas, e foram: a defesa inalienável e inarredável dos direitos, garantias e prerrogativas de seus associados, o aperfeiçoamento dos serviços púbicos, a construção e a defesa, sem tréguas, da Seguridade Social, a dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e das desigualdades sociais e regionais, o embate inexorável contra a sonegação e a corrupção e a concretização do estado democrático de direito.
Durante décadas, a Anfip tem demonstrado que a Seguridade Social tem cumprido seu papel em atingir 1 dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, estampados na Constituição Federal, no Art. 3º, III, que é “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.
A Seguridade Social é a veia por onde trafega as nossas esperanças para que a Nação brasileira saia do vale sombrio e desolado da pobreza, marginalização e desigualdade social para o caminho ensolarado da justiça social.
A Seguridade Social é a última réstia de esperança imarcescível para os milhões brasileiros que vivem, na pobreza debilitante, acorrentados ao mais baixo degrau da escada econômica para alcançarem os caminhos da dignidade humana.
Por esse caminho percorrem os sonhos e esperanças de milhões de brasileiros que nutrem o sentimento sublime de viverem numa sociedade mais justa e solidária.
Por fim, resta claro que assim como as pessoas, a Nação tem alma e a alma da Nação brasileira é a seguridade social.
A Anfip tem a plena convicção que o respeito à dignidade da pessoa humana sempre foi importante pilar das sociedades modernas. Destarte, a Anfip porfia no sentido de garantir a todos os cidadãos brasileiros que suas necessidades vitais e básicas sejam respeitadas, mesmo que não estejam em patamar de igualdade de direitos com os outros membros da sociedade. Entretanto, também, compreende que sem a solidariedade, a dignidade humana não passa de letra morta largada, ao léu, nas estradas turbulentas da vida.
A Anfip, ao longo da sua jornada, move combate, sem tréguas, contra a sonegação e o calote nos tributos e contribuições e a corrupção, pois essas comprometem os programas sociais, corrói a ética comportamental, sacrifica os contribuintes honestos que lutam com dificuldades para cumprir com suas obrigações perante o erário, desencadeia a concorrência desleal, enfim provoca sentimento que é péssimo negócio ser adimplente nas relações com o Estado.
A sonegação e a corrupção, 2 males que, além de fragilizar os valores éticos e morais dos brasileiros, comprometem a legitimidade política, enfraquecem as instituições democráticas e criam obstáculos ao desenvolvimento econômico e social do País, afugentando investimentos e envergonhando o Brasil nas estatísticas sobre corrupção.
Em suma, a Anfip, sempre, entendeu que os associados são servidores de Estado e não de governos que são transitórios e muitas vezes ocasionais.
Por isso, a Anfip, sem descurar da defesa intransigente dos legítimos interesses dos associados, referenda, peremptoriamente, o seu compromisso com a sociedade brasileira no aperfeiçoamento, contra a sonegação e a corrupção e na concretização do Estado Democrático de Direito.
Para que, assim, possamos, juntos, construirmos a sociedade que todos almejamos: livre, justa e solidária.
Vida longa à Anfip!
(*) Ex-presidente do Conselho Executivo da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) e do Conselho Curador da Fundação Anfip de Estudos da Seguridade Social. Autor dos livros “A Previdência Social é Cidadania” e “A Previdência Social e a Economia dos Municípios”.