Sindicalismo essencial e atuante
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A sociedade brasileira precisa melhorar e muito a qualidade do voto nas próximas eleições, pois o que temos atualmente em Brasília, tanto no governo federal, quanto no Congresso Nacional (com exceções, é claro!), são políticos totalmente alheios às demandas sociais, ao desenvolvimento do País e à ascensão da maioria da população.
Francisco Sales Gabriel Fernandes, Chiquinho*
O governo, por exemplo, estuda voltar o auxílio emergencial, mas desta vez de apenas R$ 200 e atrelado à aceitação, pelo beneficiário, da nefasta carteira de trabalho verde amarela, que retira mais direitos dos trabalhadores e amplia o trabalho informal no País. Merece nosso total repúdio esta chantagem, esta crueldade!
Precisamos, sim, do auxílio emergencial. Mas no valor original defendido pelo movimento sindical unificado: R$ 600 mensais, até o fim da pandemia, para que os trabalhadores desempregados e autônomos, ainda sem condições de exercer suas profissões, possam ter renda para suas famílias enfrentarem este período de crise ainda muito difícil.
O Papa Francisco já havia falado sobre a importância do sindicalismo para a sociedade. Agora temos mais 2 reforços: o presidente Joe Biden, que pretende fortalecer o movimento sindical, as negociações coletivas e o salário mínimo nos Estados Unidos, e o filósofo e ativista ambiental e político Noam Chomsky que, em recente entrevista à revista Época, afirmou que o movimento sindical não é só importante, é essencial para defender os trabalhadores e a sociedade.
Neste sentido, vamos continuar atuantes em defesa da vida, da saúde, do emprego, da renda e dos direitos da classe trabalhadora, pela vacinação universal e gratuita para todos contra a covid-19, pelo fortalecimento do SUS e pelo retorno urgente do auxílio de R$ 600 mensais, até o fim da pandemia.
(*) Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e região e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.