95 congressistas podem disputar as eleições de outubro
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- Categoria: Agência DIAP
Em parceria com a assessoria político-parlamentar Contatos, o DIAP fez levantamento sobre as pré-candidaturas de 95 congressistas — deputados e senadores —, no exercício do mandato, que devem disputar as eleições municipais de outubro. Em 2020, foram apenas 59, como demonstra este levantamento. Esses números correspondem aos dados atuais e, até as convenções partidárias ainda podem mudar.
Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, maior cidade do Brasil, com, segundo censo do IBGE de 2022, 11.451.245 habitantes | Foto: Guilherme Cunha / SMTUR
Dos possíveis pré-candidatos, 93 são deputados e apenas 3 são senadores — Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Eduardo Girão (Novo-CE) e Rodrigo Cunha (Podemos-AL), pode sair candidato a vice-prefeito, em Maceió.
A deputada Eliza Virgínia (PP-PB), que é suplente em exercício, vai disputar cadeira na Câmara de Vereadores de João Pessoa.
Entre os prefeitáveis, 75 são homens e apenas 20 são mulheres.
Este levantamento passou por 3 etapas: 1ª) pesquisa em sites de notícias ou blogs na internet; 2ª) pesquisas eleitorais divulgadas pelos institutos; e 3ª) ligação nos gabinetes, lideranças e diretórios partidários nacionais e regionais.
PT e PL têm mais pré-candidatos
Sendo as maiores bancadas na Câmara, PT e PL lideram as pré-candidaturas com, respectivamente, 17 e 16 nomes. Em seguida, União (9), MDB (8) e PP (6). O PSD (5) e PDT (4); Cidadania e PSDB, federados nacionalmente, possuem 4 cada; enquanto o Podemos, PSB, PSol e Republicanos têm 3 candidaturas cada; os partidos Avante e Podemos têm 2 cada; e Novo, PCdoB, PRD, PV, Rede e Solidariedade têm 1 postulante cada.
Por estado, a distribuição demonstra maior concentração de pré-candidatos nos estados do Sudeste — SP, MG, RJ — e distribuição mais moderada ou menor nas demais regiões:
• SP lidera com 15 pré-candidatos; • MG (13); • RJ (8); • CE (7); • PR e RS, com 5 cada; • MS, PA, PE e SC, com 4 cada; • AC, GO e PB, 3 cada; • AL, AM, BA, MA, RN e TO, com 2 cada; e • MT, PI, RO, RR e SE, 1 cada.
Situações contraditórias
A queda no interesse do Congresso nos pleitos municipais se iniciou em 2012 e pode ser explicada por alguns motivos: definição de estratégias partidárias nas alianças majoritárias e candidatos com baixo índice em pesquisas eleitorais.
E, também, em 2020, a pandemia influenciou na desistência das candidaturas.
E ao mesmo tempo, pode ser explicada ainda pela garantia do fundo eleitoral para as campanhas e o fortalecimento orçamentário dos parlamentares, na destinação de recursos para as bases eleitorais, que facilita a construção de alianças para à reeleição dos deputados federais em exercício do mandato.
Tendência
Em 2020, foram 123 os congressistas que anunciaram a intenção de candidatar. Mas só 63, de fato, concorreram ao pleito. A série histórica do DIAP, desde 1992, revela que é provável que haja desistências até a realização das convenções partidárias, previstas para ocorrer em agosto.
A queda no interesse do Congresso nos pleitos municipais se iniciou em 2012 e pode ser explicada por vários motivos: definição de estratégias partidárias nas alianças majoritárias, candidatos com baixo índice em pesquisas eleitorais e, também, pela garantia do fundo eleitoral e o fortalecimento orçamentário dos parlamentares na destinação de recursos para as bases eleitorais.
Atualmente, cada deputado dispõe de R$ 38 milhões por ano para decidir onde investir. Cada senador, R$ 70 milhões.
Estes valores consideram apenas emendas individuais. Se forem consideradas as emendas de comissão e de bancada, o valor pode dobrar. São raros os municípios brasileiros que dispõem de tantos recursos livres em caixa para alocar onde quiserem.
Nas tabelas abaixo, veja o histórico de candidaturas e a lista de pré-candidatos.
LISTA DE PRÉ-CANDIDATOS*
FONTE: CONTATOS ASSESSORIA POLÍTICA | LEGENDAS: SE (SUPLENTE EM EXERCICIO) TL (TITULAR LICENCIADO)