Novo Congresso já tem direção; no SF processo foi conturbado
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- Categoria: Agência DIAP
O novo Congresso Nacional — Câmara dos Deputados e Senado Federal — eleito em outubro de 2018, já tem nova direção, que foi eleita entre a última sexta-feira (1º) e sábado (2). Na Câmara, o processo foi relativamente tranquilo, pois a recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi apoiada pelo governo e a equipe econômica. Dos 513 deputados, Maia teve 334 votos e venceu fácil a disputa no 1º turno.
Em 2017, quando se elegeu presidente pela 2ª vez, o deputado do DEM recebeu 293 votos.
Maia disputou com outros 6 postulantes: Fábio Ramalho (MDB-MG), que recebeu 66 votos; Marcelo Freixo (PSol-RJ), 50 votos; JHC (PSB-AL), 30; Marcel Van Hattem (Novo-RS), 23; Ricardo Barros (PP-PR), 4; General Peternelli (PSL-SP), 2; e houve ainda 3 votos em branco.
Perfil
Maia está no exercício do 6º mandato. Foi reeleito com 74.232 votos. Nascido no Chile, bancário. Destaca-se como articulador. De família tradicional na política do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira na vida pública em 1997 como secretário municipal de governo. É filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesár Maia. Parlamentar experiente, presidiu as comissões de Viação e Transportes, e a de Trabalho e foi 2º vice-presidente da Comissão de Finanças e Tributação. Ex-presidente nacional do Democratas, ocupou a liderança do partido na Casa.
Com experiência no mercado financeiro, prioriza em sua atuação no mercado de capitais, matérias financeiras e tributárias, trabalhistas e relativas à geração de emprego e renda. É autor, entre outras matérias, do PL 7.033/10, que institui quarentena aos empregados públicos ou dirigentes de entidades que prestam serviço de exploração de petróleo.
Mesa Diretora
Além da presidência da Casa, a eleição na Câmara definiu os deputados que comporão os demais cargos da Mesa Diretora. São eles:
1º vice-presidente: Marcos Pereira (PRB-SP);
2º vice-presidente: Luciano Bivar (PSL-PE);
1º secretário: Soraya Santos (PR-RJ);
2º secretário: Mario Heringer (PDT-MG);
3º secretário: Fábio Faria (PSD-RN);
4º secretário: André Fufuca (PP-PE);
Suplente: Rafael Mota (PSB-RN);
Suplente: Isnaldo Bulhões (MDB-AL);
Suplente: Geovânia (PSDB-SC);
Suplente: Assis Carvalho (PT-PI).
Senado Federal
No Senado, o processo foi cercado por polêmicas e controvérsias. A Casa Civil interveio na eleição, em apoio ao desconhecido senador Davi Alcolumbre, em contraposição a Renan Calheiros (MDB-AL), favorito, mas com grande rejeição da sociedade. Prevaleceu o candidato do governo. O processo começou na sexta e só terminou no sábado.
Não que Renan fosse ser um presidente de oposição ao governo, mas sua rejeição fez com que a Planalto se lançasse ou se inclinasse por candidatura mais orgânica e vinculada às hostes governistas. Alcolumbre venceu a batalha por 42 votos, depois de Renan ter retirado sua candidatura. Os demais membros da Mesa Diretora serão escolhidos na terça-feira (5).
Perfil
Alcolumbre foi eleito senador em 2014, com 131.695 votos, numa eleição dura, em que apenas 1 cadeira estava em disputa. Antes exerceu por 2 mandatos (2003-2007 e 2007-2011) o cargo de deputado federal. Ele é filho de Salomão Alcolumbre, que foi suplente do ex-senador José Sarney (MDB).
Aos 41 anos, Alcolumbre é empresário, com formação incompleta em ciências econômicas. Na eleição de 2018, disputou o governo do Amapá. Ele perdeu a eleição para Waldez Góes (PDT). Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), declarou patrimônio de R$ 770 mil.