Professor de matemática na Fundação Getúlio Vargas, presidente do Sinpro-SP e da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, Celso Napolitano é o segundo entrevistado da série “O que está acontecendo no Brasil hoje? E o que devemos fazer?”. A primeira entrevista, com o pesquisador e ex-senador pela Itália, o brasileiro José Luiz Del Roio, foi publicada nesta quinta (12) em nosso site no boletim eletrônico Repórter Sindical.

O professor, que também preside o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), responde às perguntas: “O que acontece é um golpe contra o Estado Democrático de Direito, ancorado em ações agressivas, e mesmo ilegais, da operação Lava-Jato, que são fortemente ecoadas pela grande mídia, a fim de comandar a opinião pública”.

O que fazer?

Celso Napolitano alerta que o clima criado, “forçadamente pela mídia”, abre espaço para salvadores da Pátria, repetindo movimentos do passado. “Ao rasgar a Constituição, para derrubar a presidente eleita, os golpistas contaminaram a opinião pública, instaurando um clima de intranquilidade nacional”, observa.

Ele propõe como primeira medida a regulamentação dos meios de comunicação. “O País não pode mais sofrer pressão e chantagem de monopólios ou oligopólios midiáticos”, critica. Outra bandeira do professor é a reforma política. “Precisamos de um sistema que ajude a fortalecer nossa democracia, que ainda é jovem”, recomenda.

Para o presidente do Diap, o caminho do sindicalismo é a unidade. Ele diz: “Centrais e demais entidades devem promover ações unitárias, que defendam conquistas e apontem rumos. Os inimigos comuns são os que propõem retirar direitos dos brasileiros”.

Para Celso Napolitano, a resistência democrática e popular precisa valorizar o papel de Lula. Na sua avaliação, Lula “é o grande líder popular e o único em condições de unir amplos setores nacionais”.

Formação- O sindicalismo e os movimentos populares terão de acelerar o passo na formação de quadros. “A começar pelo professor, temos o desafio de elevar a consciência política e cidadã dos jovens. No movimento sindical, a formação política passa a ser ainda mais importante e urgente”, finaliza.

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