Afipea Sindical edita livro de artigos sobre o pensamento social crítico brasileiro, ‘Pílulas de bom senso’
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A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) lançou, na semana passada, o livro Pílulas de Bom Senso: use sem moderação - ensaios sobre a distopia1 brasileira.
“A publicação reúne pequenos artigos publicados, isoladamente, entre 2016 e 2021, por grandes nomes do pensamento social brasileiro, os quais não se furtaram ao convite de organizá-los em cadernos especiais da série levada a cabo pela Afipea ao longo do último biênio, e agora sequenciados neste livro.
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Roberto Xavier, José Celso Cardoso Jr., Vladimir Nepomuceno, Antônio Augusto de Queiroz, Ereto da Brocha (o cronista misterioso do Itamaraty, apud Paulo Roberto de Almeida), Tânia Maria S. de Oliveira, Luis Felipe Miguel, Rudá Ricci, Clemente Ganz Lúcio, Paulo Kliass e Patrícia Valim, acompanhados ou não de colaboradores e coautores, protagonizam reflexões críticas, mas também propositivas, acerca desses 5 anos trágicos da vida político-institucional brasileira.
E o fazem desde perspectivas teóricas, políticas e institucionais as mais diversas, o que confere a este livro caráter perene, um verdadeiro registro fático e interpretativo que vai muito além dos temas de conjuntura que foram a motivação original de cada 1 dos artigos de opinião antes publicados de forma efêmera em diversos veículos isolados de mídia.
Em comum, ousamos dizer que pela abrangência, profundidade e velocidade da destruição nacional em curso desde 2016, aspecto este evidente em praticamente todos os capítulos deste livro, a reconstrução do País será obra para uma geração inteira ou mais de cidadãos e cidadãs, cientes de que um Plano de Refundação do Brasil, para além do Bicentenário da Independência (1822/2022).
E deve ancorar o Estado em novas bases, assentadas no aprofundamento permanente da soberania popular, na defesa diuturna da vontade geral da população, no combate sem tréguas às desigualdades de toda ordem e na busca incessante pela formação de opinião pública livre e plural, sem descuidar de manter e aprofundar os direitos de cidadania conquistados em 1988.
Só assim poderemos enfrentar os sobressaltos e rupturas institucionais que, de tempos em tempos, colocam o país nas mãos de governos ilegítimos, ilegais e impopulares.”
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NOTA
1 Substantivo feminino:
1. Lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia. 2. A distopia, no grego antigo, significa literalmente “lugar ruim”. A palavra é usada para descrever um lugar, uma época, uma comunidade ou uma sociedade imaginários onde se vive de forma precária, sofrida, sob um regime autoritário e muito desespero.