Em reunião do Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados esses definiram, nesta segunda-feira (1º), a formação de 2 blocos partidários para concorrer aos cargos da Mesa Diretora, que vai conduzir as atividades da Câmara dos Deputados neste biênio 2021-2022. A eleição vai ser realizada a partir das 19 horas desta segunda.

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O bloco que apoia o candidato Arthur Lira (PP-AL) é formado por 11 partidos: PSL, PP, PSD, PL, Republicanos, Podemos, PTB, Patriota, PSC, Pros e Avante. O bloco que apoia a candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) tem 10 partidos: PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. O DEM, partido do atual presidente, Rodrigo Maia (RJ), saiu do bloco de Baleia, e declarou neutralidade.

Na prática, o DEM rompeu com o bloco de Baleia Rossi, do qual fazia parte, e aderiu ao de Arthur Lira, informalmente.

Problemas no registro dos blocos
Houve um atraso na formação dos blocos, cujo registro deveria ter terminado ao meio-dia desta segunda. PT, PDT e PSB alegaram que o sistema interno da Câmara travou 20 minutos antes do fim do prazo para registro de chapas.

Rodrigo Maia deferiu o registro desses partidos no bloco de Baleia Rossi. O atual 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), questionou a decisão de Maia. Pereira disse que os aliados de Baleia perderam o prazo. “Não houve problema no sistema, nós temos uma certidão. Eles perderam o prazo. O prazo era meio-dia, e ele [Rodrigo Maia] está deferindo o PT no bloco do outro candidato, um bloco que não existe”, disse ele, após deixar a reunião de líderes, em protesto.

Já o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o bloco de Arthur Lira queria ganhar a eleição no tapetão e impedir o PT de fazer a segunda escolha. “Isso não tem o menor fundamento. É uma questão política grave. Querem ganhar. Se não bastasse o aliciamento que o governo Bolsonaro fez tentando levar parlamentares para o outro lado, agora querem ganhar no tapetão. Nós tentamos até 11h59 no meu telefone. Eu mostrei o print [de conversa com o secretário-geral da Mesa]", disse.

Proporcionalidade
A formação dos blocos parlamentares influencia a distribuição dos cargos da Mesa. Quanto maior ele é, a mais cargos tem direito na Mesa.

A Mesa Diretora é composta pelo presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários. São eleitos ainda quatro suplentes de secretários, que participam da Mesa apenas na ausência do titular. No total, são 11 cargos em disputa nesta segunda-feira.

Pelo acordo dos líderes, a distribuição dos cargos ficou da seguinte forma:

• 1º vice-presidente: PL

• 2º vice-presidente: PSD

• 1º secretário: PT

• 2º secretário: PSDB

• 3º secretário: PSL

• 4º secretário: Rede

• Suplentes de secretários: Republicanos, PDT, PSC, DEM (Com Agência Câmara)

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